segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Lady`s comics: HQ não é só para seu namorado

Blog feito por garotas, para garotas, sobre garotas realizadoras de hq, personagens femininas e tudo que diz respeito ao universo feminino no mundo das hqs. 
Vale a pena dar uma sacada

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Abstratos

Abstract Comics, título da antologia americana criado por  Andrei Molotiu, no qual faz um apanhado desse  tipo de quadrinho, se estende até esse blog:
Vale visitar e se deparar com algo fora do comum.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Espaço em Branco II

Será isso ainda existe? Deixou de existir? Ou será que um dia existiu? Espaço em branco foi um bom título para um primeiro texto. Espero que a partir do terceiro seja outro título.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O espaço em branco

     Na sarjeta. Fudido. Lascado. Chorando por algo ou alguém. Drogado. Embriagado. Na fossa. Na merda. Na sarjeta.
     A sarjeta (segunda Scott McCloud) é o espaço entre dois quadros que permite ao leitor o papel de cúmplice da história e do autor. Espaço onde ele pode parar pela quantidade de tempo que lhe for interessante e submergir em todo pensamento cabível ou não dentro daquela obra em suas mãos. Espaço em que se pode completar o movimento de uma ação, passar de um cômodo a outro, viajar entre dois planetas, lembrar-se de uma noite com sua namorada, de um filme que viu, de outro quadrinho que leu, se ligar que acabou de ler um quadro muito ruim ou se deparar com a beleza de uma nova utilização dos elementos da forma a qual ele dedica seus estudos. Pode ser o espaço que ele utiliza para anotar suas observações acerca daquela obra ou um espaço que o inspire a fazer outra história em quadrinho.
     O pensar pode ser atrelado ao ato de criticar. Ato que normalmente não é muito bem recebido pelos autores, mestres ou estrelas das artes. O crítico junto ao consumidor e ao realizador formam uma tríplice força importante para o crescimento qualitativo de qualquer arte. Porem no universo quadrinhístico brasileiro o coeficiente de crítica é escasso. Pode ser estupidez afirmar algo assim, mas os únicos espaços existentes que comentam (não pensam ou criticam) quadrinhos são destinados a noticias e spoilers. Isso parece crítica. Não é pensar a forma. Não contribui para o desenvolvimento das historias em quadrinhos no Brasil. Serve basicamente para um mercado de bancas e colecionadores que não aguentam esperar pela próxima saga. Não que não devamos fazer isso, mas não devemos nos limitar somente ao ato de decorar toda a vida impressa de Wolwerine e anteceder o que virá, mas também pensar em como estão fazendo ele ou como poderiam fazer. Não é fácil assumir o papel da crítica. Assim como o autor, o crítico expõe suas ideias, se posiciona e espera por concordâncias e discordâncias. O crítico pode ser visto como um agente incentivador do pensar. O cara que coloca fogo em discussões. Mas normalmente é visto como um pedante idiota mal amado, o que de fato realmente pode ser o caso em algum momento de sua vida.
     Começar a refletir porque nos quadrinhos um das principais formas de pensar recebe um nome tão pejorativo pode começar a desenhar um panorama da situação. Se criticar é pensar, e pensar é estar na sarjeta então poeticamente já começamos bem. Mas e os quadrinhos?
     Na Sarjeta é um espaço desenvolvido para os mal amados do mundo dos quadrinhos. Espaço virtual destinado a se pensar enquanto muitos só desejam sentir ou colecionar. Espaço para os que trabalham ou pretendem trabalhar com essa linguagem. Espaço para dividir problemas e arrumar soluções.

 Ian Abé